sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Passeie

Leve seus braços e abraços de caranguejo para passear longe de mim.
Aproveite e leve a reboque seu cheiro doce e seus dentinhos curtos.
Tão curtos quanto a sua vontade própria e o seu aprendizado de gramática.
Quer ser meu amigo?
Faça por onde.
Vá passear e só volte quando estiver pronto.
Saia da beira desse precipício de “se” em que você vive.
Pegue qualquer barco num porto qualquer e capriche na remada.
Sem rota ou destino certos.
Assim, com certeza, vamos nos encontrar um dia.

Um comentário:

Paula Schubach disse...

sou cúmplice do seu desprezo, seja lá por quem for. vc sabe que eu sempre tomei suas dores...

saudades, saudades, saudades...