quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Ahhhhhhhhhh...não!!

Ah, os anões.
Como eu gostaria que eles existissem apenas em nossa imaginação infantil (confundidos com os duendes), na TV ou no circo.
Preconceito, talvez. Agonia, com certeza.
Não me julguem, sou um ser humano comum, com defeitos (assim como os anões) e tenho uma profunda agonia deles.
Conto agora como isso começou e acabou virando tema de um texto.
Tudo ia bem entre eu e os anões, um convívio pacífico com Adelaide “a paraguaia”, os palhaços de circo e os sofredores dos programas de auditório de mau gosto da TV.
Um incidente menor, algumas aparições deles em ações de marketing nas ruas de Salvador, eu superei. Até que um dia (em um bar, pasmem!) fui defrontado com um exemplar exótico de anão (eles já não são normalmente exóticos?): uma anã piriguete!!! Cabelo de chapinha com mechas acobreadas, mini saia (??? Ela compra na Lilica Ripilica?), top de paetês e salto alto (irônica, ela), fiquei chocado!
O que é que ela estava fazendo ali? Os presentes tentaram me convencer de que era normal ela estar ali, confraternizando com amigos. O que é que tem de normal numa anã em um bar tomando roska de morango, gesticulando, rindo e se divertindo mais que todo mundo, gente?
A cena era tão assustadora que eu não consegui me concentrar em outra coisa.
Depois disso, foi ladeira abaixo.
Num reality show apareceu uma sendo tatuada e outro dia alguém me surpreendeu com a notícia de que outro havia assassinado a esposa, não anã (ela era doida?), por ciúmes. Que mundo é esse?? Tatuagem e crime passional entre anões?? Daqui a pouco eles vão estar nas praias, no ensaio da Timbalada, comendo no Mac Donald´s e até nas filas de banco.
Certeza, trata-se de um complô mundial dos anões para me irritar, ou será que é para dominar o mundo? Seja como for, ele é encabeçado pelo fenômeno-mirim Maisa, ela não é a cara de Cérebro (de Pink e Cérebro) à toa, né? (ah, você não sabia que ela era anã?)
Falando nisso, também tenho agonia de fenômenos e gênios-mirins, mas isso é tema para outro post.
A gota d´agua foi ser atendido por uma Oompa-Loompa (sim, ela era mais que anã) no embarque da Gol no aeroporto de Guarulhos.
Brademos em coro! Basta!!
Anões, voltem para os recônditos das coxias das TV´s e lonas dos circos e nos deixem em paz!!

Era uma vez

Em um reino aqui bem perto.
Você apareceu do nada, mas os sinos não dobraram.
Você trouxe aliança, mas os pombos não revoaram.
Você trouxe flores, mas eram de verdade, murcharam.
Seu sorriso era encantador, mas você não chegou num cavalo branco.
Seus olhos eram puxados, mas não eram encantados.
Nossas últimas linhas não seriam “e viveram felizes para sempre”.
No fim eu ia ser o dragão, o veneno, a bruxa.
E você a lágrima, a cura, a princesa.
Essa estória não era para mim.
E quem quiser que conte outra.